Venda de calmantes sobe 42% no Brasil
06/03/2014
A venda de tranquilizantes da classe dos benzoadiazepínicos (como Rivotril, Valium e Lexotan) aumenta a cada ano no Brasil, na contramão do que acontece em países europeus, como Inglaterra e Alemanha, onde o comércio caiu cerca de 30% na última década, segundo estudos.
Entre 2009 a 2013, o número de caixinhas vendidas desses psicotrópicos saltou de 12 milhões para 17 milhões, um aumento de 42%, segundo levantamento da consultoria IMS Health.
Esses medicamentos causam dependência e efeitos colaterais sérios, como falhas de memória e sonolência. Os psiquiatras dizem que no Brasil grande parte do uso é feito sem supervisão e em quantidades e prazos muito além dos recomendados.
“O uso deveria ser temporário, por dois ou três meses, mas há pessoas tomando por anos. É uma situação muito mais grave do que se pensa”, diz Antônio o presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria, Geraldo da Silva. A associação fará neste ano campanhas públicas nas mídias sociais alertando a população sobre o perigo do uso prolongado dos medicamentos.
Fonte: Folha de S.Paulo
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