Modelo associativista de farmácia cresce acima do mercado

04/01/2016


 

 

O mercado do varejo farmacêutico tem mudado nos últimos anos. As grandes redes mostram esgotamento do formato e as redes associadas à FEBRAFAR ganham destaque em performance. Os números recentes extraídos de relatórios da Close-Up nos mostram que as grandes redes estão longe de levar as lojas independentes ao fim. “Antes se pensava que as grandes iam crescer a ponto de não ter mais mercado disponível, principalmente para a farmácia independente. Mas a situação já se configura de outra forma. A própria dinâmica que o nosso mercado teve com redução de preço e perda de exclusividade da maioria dos produtos criou um conjunto de novas oportunidades em que a farmácia independente e o associativismo soube aproveitar isso muito bem”, afirma o diretor regional da América Latina da Close-Up International, Paulo Paiva.

 

 

 

Dentro deste cenário, o grande destaque em crescimento tem sido as redes associadas à FEBRAFAR. “Apesar de serem ainda farmácias de menor porte, o modelo em que atuam, localização e mix que trabalham, tem trazido vantagem competitiva dentro do mercado”, explica Paiva. O crescimento é visível em todas as categorias. “Vocês não têm um destaque numa parte do mix ou em uma outra parte, vocês estão atando em todo o mix. Isso é o grande gol”, ressalta Paiva.

 

 

 

Desde 2014, houve uma retração no número de lojas no mercado farmacêutico. Portanto, hoje, o crescimento das redes se dá de forma orgânica, ou seja, com a mesma base de lojas. Para Paiva, a expansão hoje já não é mais alternativa para crescimento. “Isso vai criar um desafio para a FEBRAFAR também, já que não estão fora deste contexto”.

 

 

 

Os números também mostram que estar preparado para esse desafio inclui utilizar as ferramentas certas. Ao comparar o crescimento do mercado com os números da FEBRAFAR, se nota o melhor desempenho da Federação. Mas se a comparação for entre as lojas com programa de fidelidade da FEBRAFAR (Programa de Estratégias Competitivas – PEC), os números são bem acima do mercado.

 

 

 

 

Paiva aponta ainda que o mercado total está fazendo 75% das vendas em valores em 18 mil farmácias. Há dois anos, esse volume era comercializado em apenas 15 mil pontos de venda (pdv). No caso especifico do genérico, há três anos vendia 75% em 9 mil farmácias. Hoje chega a 15 mil lojas.  Se no caso de medicamento isento de prescrição (MIP) faz 75% em 14 mil pdv, e de prescrição com o mesmo número de lojas, têm duas mil farmácias que ou não tem tudo do que precisa de MIP ou não tem tudo do que precisa de prescrição. “Então tem oportunidade de melhoria de mix ainda para conseguir um ganho de crescimento”, completa.

 

 

 

 

Projeção

 

 

Boa parte deste crescimento de unidades virá ainda de expansão geográfica e aumento de distribuição. Não existe mais uma grande oportunidade de crescimento em volume nos grandes centros em virtude de que a população já tem acesso a medicamentos para quase tudo que precisa.

 

 

 

Até 2017, espera-se que o produto de referência tenha maior participação de mercado, principalmente por que mantem mais o preço. Diferente do genérico, que fica com 13% de participação por ter bastante desconto na ponta. O similar tende a se manter alinha com o mercado em crescimento.

 

 

 

 

 

 

Fonte: Close-Up


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