Medicamentos encarecem 4,7% em abril
22/03/2017
Os medicamentos ficam mais caros a partir de abril. De acordo com a Associação da IndústriaFarmacêutica de Pesquisa (Interfarma), a revisão será de 4,7%. O aumento segue o acumulado do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Segundo a Interfarma, fatores como concorrência de mercado e oscilações de câmbio também são critérios para definir o percentual. O acréscimo é uma revisão anual definida pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed). O órgão determina o preço máximo de cada medicamento. Todos os remédios passam pela reposição.
No ano passado, o preço teve duas alterações. Além do incremento de 12,5%, os itens tiveram variação devido à mudança da base de cálculo do ICMS, que passou de 17% para 18%.
Aumento abaixo da inflação
Conforme a Interfarma, neste ano, a reposição ficará abaixo da inflação. O mesmo ocorreu entre 2005 e 2016. Segundo a associação, a indústria farmacêutica teve permissão para reajustar em até 77%.
Porém, o IPCA do período foi de 103%, uma diferença de 26%. “Os medicamentos são reajustados abaixo da inflação, forçando o setor a absorver o aumento dos custos”, aponta a entidade por meio de nota.
Consumidor amplia pesquisa
O índice de reposição ainda não foi repassado às farmácias. Os estabelecimentos consultados esperam um incremento superior ao do ano passado, que foi de 12,5%.
De acordo com a auxiliar administrativa de uma farmácia, Bianca Bech, 29, a elevação estimula as pessoas a pesquisar mais pelos produtos. De acordo com ela, o valor dos itens muda de acordo com o percentual de descontos oferecido pelas empresas e pelos laboratórios.
“Percebemos que elas não compram o remédio no primeiro lugar que procuram. Elas ampliam as pesquisas”, afirma.
Para a funcionária de outra farmácia, Antonela Acosta, 22, quando há um anúncio de alta nos preços, os consumidores antecipam as compras.
Conforme ela, pacientes que precisam de medicamentos de uso contínuo compram mais unidades para estocar. “Mas é preciso ficar atento ao prazo de validade e seguir as orientações da bula para armazenar o produto”, adverte Antonela.
Fonte: Jornal A Hora
Sindicato Comércio Varejista Produtos Farmacêuticos do Município do Rio de Janeiro
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