Indústrias do setor de medicamentos devem crescer menos em 2015

03/06/2015


 

 

Considerado um mercado resiliente, o setor de medicamentos demorou a sentir os impactos da crise financeira do País. Seus efeitos, contudo, já deverão ser notados neste ano, segundo o presidente executivo do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo (Sindusfarma), Nelson Mussolini.

 

 

Para este ano, Mussolini prevê um crescimento “magro”, entre 7,5% e 8,5%, acompanhando a inflação. O setor registrou expansão acima de dois dígitos nos últimos cinco anos, segundo ele. No ano passado, a receita do setor foi de R$ 65,8 bilhões, aumento de 13,3% sobre 2013. No mesmo período, o faturamento das indústrias de genéricos foi de R$ 16,25 bilhões, crescimento de 18,5% sobre 2013. Segundo o executivo, o setor não tem conseguido repassar custos, que incluem os de mão de obra, por conta do dissídio da categoria, e não descarta que as indústrias possam demitir.

 

 

 

Mussolini disse que desde 2008, o reajuste de preços não é suficiente para repor as perdas do setor. “A situação era administrável. Mas com o aumento do dólar sobre o real, da energia e a redução do mercado, o panorama mudou”. Ele cita ainda a negociação salarial com a categoria, prevista para os próximos meses, como outro fator que pode aumentar a pressão sobre os custos, fazendo com que a indústria venha a demitir.

 

 

 

Fonte: O Estado de S.Paulo


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