Hypermarcas não vê mais espaço para elevar preços esse ano

31/07/2014


 

 

A fabricante de medicamentos e bens de consumo Hypermarcas não vê espaço para um novo aumento de preços em 2014, além do já implementado em seus produtos de higiene pessoal e beleza no início do ano. O presidente da companhia, Claudio Bergamo, disse recentemente que este é um ano difícil para reajustes, devido a uma mudança no comportamento do consumidor. “O que a gente vê nesse setor é o início de uma tendência de busca por valor”.

 

 

 

Bergamo afirmou que, devido ao cenário macroeconômico, o consumidor está mais consciente em suas compras e começa a comprar menos por impulso, comportamento conhecido como “smart choice”. “Até pouco tempo só se falava em ‘trade up’. Pode-se dizer em outras palavras que há um ‘trade down’, em que o consumidor olha a relação custo-benefício das marcas”, disse.

 

 

 

Segundo o executivo, a companhia vem alinhando suas marcas a esse comportamento. “A gente tem, na média, mais posicionamentos ‘smart choice’ do que ‘premium’, o que pode prover uma elasticidade maior em relação à concorrência”, disse. Para Bergamo, reajustes de preços feitos fora dessa estratégia poderiam resultar em perda de mercado para a concorrência. O presidente da Hypermarcas disse que, nesse processo em que o consumidor fica mais exigente, pode ser necessário até voltar atrás em algum reajuste, seja pelo retorno à tabela anterior seja por meio de promoções.

 

 

 

O executivo disse que está “atacando todas as variáveis necessárias” para crescer acima do mercado, com níveis historicamente elevados de lançamentos e gastos com marketing. A companhia está num processo de relançamento de todas suas principais linhas. Na divisão farmacêutica, que correspondeu a 57% da receita líquida no segundo trimestre, a companhia atingiu participação de mercado recorde no trimestre, ao crescer 7,4%. Segundo Bergamo, a Hypermarcas vem aumentando sua fatia em medicamentos desde o fim de 2011. O lucro líquido da companhia subiu 532,7% no segundo trimestre, para R$ 122 milhões.

 

 

 

 

Fonte: Valor Econômico


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