Exame para confirmar zika passa a ser coberto por planos de saúde

08/06/2016


 

 

A ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) tornou obrigatória a cobertura de testes pelos planos de saúde na detecção de anticorpos do vírus da zika, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti.

 

 

Os exames, segundo a agência, deverão ser assegurados para gestantes, bebês filhos de mães com diagnóstico de infecção pelo vírus, bem como aos recém-nascidos com malformação congênita sugestivas de infecção pelo vírus da zika. Esses são os grupos considerados prioritário para detecção de zika devido à sua associação com o risco de microcefalia nas crianças, quando o cérebro delas não se desenvolve de maneira adequada.

 

 

A medida, publicada no “Diário Oficial” da União nesta segunda (6), determina a inclusão de três tipos de testes de zika no rol de procedimentos e eventos em saúde: PCR, IgM e IgG, e entrar em vigor a partir de 6 de julho.

 

 

“É importante destacar que a ANS realizou de forma extraordinária a revisão do Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde para incorporação de testes laboratoriais para o diagnóstico da zika por se tratar de uma emergência em saúde pública decretada pela OMS (Organização Mundial da Saúde)”, informou a diretora de Normas e Habilitação dos Produtos da ANS, Karla Coelho.

 

 

TESTES

 

 

O método conhecido como PCR (Polymerase Chain Reaction), que verifica o genoma do vírus, só é eficaz durante o quadro agudo da infecção –ou seja, quando a pessoa apresenta sintomas da doença. Esse exame é recomendado para gestantes sintomáticas (somente até cinco dias após o surgimento dos primeiros sinais da doença).

 

 

Os outros dois testes, que foram aprovados pela agência em fevereiro deste ano, conseguem detectar a presença, por meio de métodos de imunoflorescência, de dois tipos de anticorpos, o IgG (imunoglobina G) e IgM (imunoglobina M), para três doenças: dengue, chikungunya e zika.

 

 

O IgM é produzido na fase aguda da doença –com até duas semanas. Ele é recomendado para gestantes com ou sem sintomas da doença nas primeiras semanas de gestação (pré-natal) com repetição desse procedimento ao final do segundo trimestre da gravidez, e para bebês filhos de mães com diagnóstico de infecção pelo vírus da zika, bem como aos recém-nascidos com malformação congênita sugestivas de infecção pelo vírus.

 

 

Já o IgG indica se houve uma infecção mais antiga pelo vírus. É recomendado somente para infeção pelo vírus da zika para gestantes ou recém-nascidos que realizaram pesquisa de anticorpos IgM cujo resultado foi positivo.

 

 

CASOS

 

O último boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, divulgado em 17 de maio, aponta 120.161 prováveis casos de vírus da zika registrados neste ano no país. Destes, 39.993 foram confirmados.

 

 

A doença, causada pelo vírus da zika, tem como característica a presença de manchas avermelhadas na pele e está associada a casos de microcefalia em bebês e da síndrome Guillain-Barré, transtorno que pode causar paralisia dos membros.

 

 

 

 

 

Fonte: Anvisa


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