Estudo mostra que mercado farmacêutico vive mudança estrutural

18/09/2013


 

 

Estudo da Price waterhouse Coopers (PwC) sobre a indústria farmacêutica mostra que está havendo uma mudança de conceito do tratamento das doenças para a cura delas. “Durante muitos anos a indústria esteve focada na produção de remédios para tratar das doenças. O que o governo e os usuários querem agora é a cura. Isso demanda também uma mudança na cultura das organizações farmacêuticas”, diz Michael F. Swanick, líder global da PwC para indústria farmacêutica.

 

 

Ele acrescenta que o crescimento da indústria farmacêutica nos próximos anos será pautado, principalmente, pela venda de genéricos, que já provoca uma mudança nos hábitos de consumo e, inclusive, das organizações. “O uso de medicamentos genéricos é uma tendência global, mas muito maior nos países emergentes. As empresas estão oferecendo as duas coisas. Os grandes laboratórios têm hoje o que chamamos de medicamentos de marca, e também os genéricos, que são mais baratos.”

 

 

De acordo com o executivo, para crescer, a indústria deve enfrentar três grandes desafios: o aumento da exigência do consumidor, baixa produtividade científica e uma cultura de administração antiquada. O dilema da indústria farmacêutica, agora, segundo Swanick, é conseguir trabalhar com margens menores. “As pessoas não querem mais pagar caro por remédios. Então está cada vez mais difícil. Portanto, a indústria está passando por uma mudança. Isso é bom porque torna os medicamentos mais acessíveis à população.”

 

 

O problema, segundo ele, é que o setor gasta muito com pesquisa e desenvolvimento de novos medicamentos. Por isso, ele destaca a importância das patentes em relação a produtos inovadores. “É um custo muito alto para a indústria farmacêutica e a exclusividade é necessária para que haja um retorno dos gastos.”

 

 

“Os níveis de produção no Brasil tendem a mudar de marcas e patentes para medicamentos genéricos. Mas o volume tende a crescer muito na próxima década. Ou seja, o movimento será muito pautado em produtos de baixo custo, uma exigência do mercado e do governo.” A demanda por remédios deve movimentar US$ 60 bilhões no Brasil em 2020, segundo a PwC. Em 2011, este valor foi de US$ 25 bilhões. “Todas as grandes multinacionais estão olhando para os países emergentes, como China, Índia, Brasil, e estão vindo para cá. O mercado brasileiro é muito importante no contexto global, assim como os outros emergentes”, finaliza Swanick.

 

 

 

 

Fonte: Brasil Econômico


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