Cerca de 1,1 de pessoas podem ficar sem medicamentos após cortes no Farmácia Popular
14/10/2015
Um levantamento da Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma), com base nos números do mês de maio último, estima que pelo menos 1,1 milhão de brasileiros corram o risco de ficar sem acesso aos medicamentos hoje oferecidos pelo Farmácia Popular. No início do mês, o Governo Federal anunciou um corte de R$ 578 milhões no orçamento para 2016, que afeta diretamente o programa.
A modalidade prejudicada será a de copagamento, em que o governo oferece subsídio de até 90% para a compra de diversos medicamentos. São produtos para asma, diabetes, mal de Parkinson, glaucoma, hipertensão, osteoporose, dislipidemia e rinite, além de contraceptivos e fraldas geriátricas. No total, a lista é composta por dez monodrogas ou associações, considerando suas diferentes apresentações, além da fralda geriátrica.
Após o corte, os pacientes precisarão recorrer à rede própria de farmácias do Programa Federal, que contam com um número bem menor. São apenas 528 unidades em 420 municípios. E elas não cobrem toda a lista de medicamentos disponível nas farmácias e drogarias privadas. Sete itens estão fora do elenco, deixando cerca de 1,1 milhão de brasileiros sob o risco de ficarem sem as medicações. Os demais medicamentos têm correspondentes na rede pública. “Mas o acesso fica comprometido porque o número de municípios abastecidos pelas farmácias públicas é bem menor”, afirma o presidente-executivo da Interfarma, Antônio Britto. Sem essas alternativas, o paciente tem que recorrer às Unidades Básicas de Saúde (UBSs), sendo que nem todas oferecem a lista de medicamentos hoje contemplada pelas farmácias privadas.
Fonte: Interfarma
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